Por que o Inventário Demora Tanto e é Tão Caro?
- Ingryd Moraes
- 10 de fev.
- 3 min de leitura

O falecimento de um ente querido já é um momento difícil para qualquer família, e, além da dor emocional, surge uma questão burocrática fundamental: o inventário. Muitas pessoas se assustam ao descobrir que esse processo pode levar anos para ser concluído e gerar altos custos. Mas, afinal, por que o inventário é tão demorado e caro?
Neste artigo, vamos explicar os principais fatores que influenciam no tempo e nos custos do inventário, além de apresentar alternativas para tornar esse procedimento mais ágil e econômico.
O Que é o Inventário e Por Que Ele é Necessário?
O inventário é o processo legal que formaliza a transferência dos bens do falecido para os herdeiros. Esse procedimento é obrigatório, pois, sem ele, os bens não podem ser vendidos, doados ou utilizados pelos sucessores.
Ele pode ser feito de duas formas:
✔️ Inventário judicial – Quando há menores de idade entre os herdeiros, conflitos ou falta de consenso, o processo deve ser feito na Justiça.
✔️ Inventário extrajudicial – Se todos os herdeiros forem maiores, estiverem de acordo e não houver testamento, o inventário pode ser feito de forma mais rápida em um cartório.
O grande problema é que, na maioria dos casos, o inventário acaba sendo um processo longo e custoso. Vamos entender os motivos.
Por Que o Inventário Demora Tanto?
O tempo do inventário pode variar de alguns meses a vários anos, dependendo de diversos fatores. Os principais motivos para a demora são:
1. Falta de Documentação Completa
O inventário exige uma série de documentos, como certidões, escrituras, contratos e extratos bancários. Muitas famílias só iniciam a busca por esses documentos após o falecimento, o que pode atrasar o processo.
📌 Dica: Manter a documentação do patrimônio sempre organizada pode acelerar o inventário.
2. Conflitos Entre os Herdeiros
Quando os herdeiros não entram em acordo sobre a partilha, o processo pode se arrastar por anos na Justiça. Discussões sobre quem fica com determinado imóvel ou sobre a divisão dos bens são comuns.
📌 Dica: Um planejamento sucessório bem estruturado pode evitar disputas familiares.
3. Excesso de Burocracia
O processo de inventário envolve várias etapas, incluindo levantamento de bens, avaliação, pagamento de impostos e registro da partilha. A morosidade do sistema judicial e cartorial pode fazer com que cada etapa leve meses.
📌 Dica: O inventário extrajudicial, quando possível, é uma opção mais rápida.
4. Dívidas ou Irregularidades no Patrimônio
Se a pessoa falecida deixou dívidas ou se houver imóveis sem escritura ou pendências fiscais, o inventário pode demorar ainda mais, pois será necessário resolver essas questões antes da partilha.
📌 Dica: Regularizar os bens em vida evita entraves no inventário.
Por Que o Inventário é Tão Caro?
Além da demora, muitas famílias se assustam com os custos do inventário. Entre os principais gastos estão:
1. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)
Esse imposto, cobrado sobre o valor dos bens transmitidos, varia de estado para estado e pode chegar a 8% do valor total do patrimônio.
📌 Dica: A doação em vida com cláusulas protetivas pode ajudar a reduzir o impacto do ITCMD.
2. Honorários Advocatícios
A presença de um advogado é obrigatória no inventário, seja judicial ou extrajudicial. Os honorários variam de acordo com a complexidade do caso e o valor do patrimônio.
📌 Dica: Um advogado especializado pode ajudar a tornar o processo mais rápido e eficiente, reduzindo custos indiretos.
3. Custos Cartorários e Judiciais
Taxas de cartório, custas judiciais e registros imobiliários também encarecem o processo. No inventário judicial, temos as custas judicias e no inventário extrajudicial temos os emolumentos.
📌 Dica: O advogado especializado consegue te fornecer uma previsão aproximada dos valores conforme tabelas de custas.
4. Avaliação e Regularização de Bens
Muitas vezes, os bens precisam ser avaliados por profissionais, o que gera custos adicionais. Se houver pendências, como IPTU atrasado ou falta de escritura, a regularização pode ser cara.
📌 Dica: Fazer um planejamento patrimonial antes do falecimento pode minimizar esses gastos.
Como Evitar um Inventário Demorado e Caro?
O melhor caminho para evitar um inventário longo e dispendioso é antecipar-se e planejar a sucessão patrimonial. Algumas estratégias eficazes são:
✅ Testamento – Define previamente a divisão dos bens, evitando conflitos.
✅ Doação em Vida – Permite transferir parte do patrimônio com planejamento tributário.
✅ Holding Familiar – Protege o patrimônio e facilita a sucessão empresarial.
✅ Cláusulas de Proteção – Garante que os bens permaneçam na família.
📌 Conclusão: O inventário pode ser um processo demorado e caro, mas com um bom planejamento sucessório, é possível reduzir significativamente seus impactos.
Se você deseja proteger seu patrimônio e evitar problemas para sua família no futuro, procure um advogado especializado e comece a se planejar agora mesmo!
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