A função do advogado que protege famílias, comércios e empresas do futuro incerto
- Ingryd Moraes
- 11 de ago.
- 3 min de leitura

O trabalho que ninguém lembra de contratar — até que seja urgente
Resumo: Neste artigo, explico o papel do advogado na área de planejamento sucessório e proteção patrimonial. Você vai entender como evitar dores de cabeça com inventário, partilhas e heranças mal resolvidas. E por que seu negócio ou pousada também precisa estar protegida juridicamente.
O que é o planejamento sucessório — e por que você deveria pensar nisso agora
Se você é dona de uma barraca de praia, comércio, pousada, restaurante ou tem qualquer outro tipo de empreendimento, talvez nunca tenha parado para pensar em quem assumiria tudo isso se algo acontecesse com você. Quem ficaria responsável pelos imóveis? Como ficaria o sustento da sua família? Quem resolveria a parte burocrática?
A verdade é que muitas famílias só descobrem a importância do planejamento sucessório quando a perda já aconteceu — e aí lidam com inventários longos, disputas familiares, contas bloqueadas e negócios paralisados.
É aí que entra o advogado especialista em planejamento sucessório: para evitar que a dor de um luto vire também um problema jurídico e financeiro.
Como funciona meu trabalho na prática
Minha atuação como advogada nessa área é preventiva, estratégica e personalizada. Cada família tem sua dinâmica, seu patrimônio, seus afetos — e tudo isso precisa ser levado em consideração. Por isso, seguimos um processo em etapas, que começa sempre com escuta e análise cuidadosa:
1. Consulta inicial
Na primeira consulta, eu escuto a sua história e o motivo pelo qual você (ou sua família) buscou o planejamento sucessório. Aqui, conversamos sobre relações familiares, existência de filhos de outros relacionamentos, empresa, imóveis, heranças futuras, testamentos, situações de união estável ou outros vínculos importantes.
Ao final dessa conversa, entrego uma lista de documentos que preciso receber para aprofundar a análise.
2. Análise de viabilidade e riscos jurídicos
Com os documentos em mãos (que devem ser enviados em até 7 dias após a consulta), elaboro um parecer técnico. Esse parecer analisa a viabilidade jurídica do planejamento, os riscos existentes e o que precisa ser protegido.
Esse documento é feito com atenção a cada detalhe da sua realidade e leva de 7 a 10 dias úteis para ficar pronto.
3. Consulta de retorno
Marcamos uma nova consulta para apresentar o parecer. Aqui, esclareço todas as dúvidas e, com base no diagnóstico, traçamos os próximos passos. Muitas vezes, já nesta fase, conseguimos identificar soluções imediatas para riscos urgentes.
4. Reuniões com membros da família ou envolvidos
Se o planejamento envolver filhos, cônjuges, genros, noras, sócios, contadores ou administradores, é fundamental ouvi-los também. Por isso, agendamos consultas individuais com cada um dos participantes. Cada reunião é cobrada no valor de uma consulta avulsa (sem retorno), pois é feita com o mesmo nível de atenção.
5. Etapas judiciais e extrajudiciais
Algumas situações exigem ações complementares, como:
Inventário
Reconhecimento de união estável
Curatela
Regularização de imóveis Esses processos fazem parte da organização do patrimônio e da estrutura legal necessária para proteger o que foi construído.
6. Elaboração de minuta da holding (se for o caso)
Se, ao final de todo o planejamento, for viável e interessante criar uma holding familiar, elaboro a minuta inicial com todas as cláusulas de proteção patrimonial.
7. Fase de execução (opcional)
Caso a família deseje dar continuidade, também posso conduzir a constituição formal da holding e as etapas de incorporação de bens e regularização patrimonial.
Nem toda família chega até a constituição da holding, mas todas passam pelas etapas iniciais: consulta com retorno e parecer de análise de riscos. Essa é a base para qualquer decisão futura.
Por que isso importa — inclusive para pequenos negócios
Muita gente acredita que planejamento sucessório é só para “quem tem muito dinheiro” ou grandes empresas. Mas a verdade é que qualquer pessoa que tenha bens, comércio ou herdeiros precisa pensar nisso.
Uma barraca na praia, um restaurante familiar, uma peixaria ou um pequeno mercado representam mais do que patrimônio: são fonte de renda, legado e segurança para a família.
Sem planejamento, a morte ou incapacidade de um membro da família pode travar tudo — inclusive o funcionamento do negócio.
Conclusão
Meu papel como advogada nessa área é proteger relações, organizar patrimônios e evitar conflitos futuros. Faço isso com responsabilidade, cuidado e escuta — porque cada família tem sua história e precisa de uma solução sob medida.
📌 Se você sente que sua vida está organizada, mas ainda não pensou no depois — talvez seja hora de começar.






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